quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Documentário sobre Luiz Carlos Prestes será debatido sábado



Como parte da Mostra Ditadura e Resistência, realizada durante todo o mês de outubro pelo Cineclube UFGD, será exibido e debatido o documentário “O velho - a história de Luís Carlos Prestes”, de Toni Venturi, neste sábado (15), às 17h30, no cineauditório da Unidade II da UFGD. A entrada é gratuita.

A Mostra está em sintonia com a exposição "Direito à verdade e à memória: a ditadura no Brasil 1964 – 1985”, promovida pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e que veio para Dourados por meio do V Congresso Transdisciplinar Direito e Cidadania. A exposição está aberta a visitação do público até 21 de outubro, no salão de exposições da UFGD, também da Unidade 1.

De acordo com a sinopse de “O velho - a história de Luís Carlos Prestes”, o documentário mostra uma história cinematográfica das esquerdas brasileiras. O filme foi vencedor do Festival É Tudo Verdade de 1997 e retrata a trajetória de Luiz Carlos Prestes, recontada por ele mesmo e por uma constelação de parentes, contemporâneos e também desafetos, lançando uma luz particular sobre oito décadas da vida política brasileira.

O filme de Toni Venturi se vale ainda de uma notável compilação de materiais de arquivo, muitos desconhecidos até então, e de curtas vinhetas ficcionais. No meio de tudo, as virtudes e os pecados de um líder que agitou as paixões no país, apesar de sua missão ter ficado sempre confinada às ante-salas da esperança.

A Mostra Ditadura e Resistência prossegue com a exibição de “Vlado, trinta anos depois” (dia 22) e “Redemocratização: as greves de 1979” (dia 29), sendo que apresentou o documentário “Jango”, em 08 de outubro.

Os documentários foram fornecidos ao Cineclube UFGD pela Programadora Brasil, que faz parte do Programa Cine Mais Cultura, do Ministério da Cultura. A Mostra Ditadura e Resistência será a quarta mostra temática de 2011, que já contou com as mostras dos Cinemas Francês, Canadense e Chinês. Já em novembro será realizada a Mostra do Cinema Alemão e em dezembro a do Cinema Indiano.

Mais informações

cineufgd@gmail.com
www.cineufgd.blogspot.com

Sobre a exposição "Direito à verdade e à memória: a ditadura no Brasil 1964 - 1985"

http://www.ufgd.edu.br/noticias/congresso-de-direito-traz-exposicao-sobre-ditadura-para-dourados

Sobre os demais filmes

VLADO, TRINTA ANOS DEPOIS.

22 de outubro, das 17h às 19h, no cineauditório da Unidade 1 da UFGD

No dia 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog acorda de manhã e se despede da mulher, Clarice: ele deve se apresentar ao DOI-CODI, órgão da repressão política do regime militar, para prestar depoimento. Clarice questiona se ele deve se apresentar: vários amigos estão presos e sabe-se que são torturados. Mas Vlado se recusa a fugir; pondera que é um homem transparente, alheio à clandestinidade. No fim da tarde do mesmo dia, sua família e amigos recebem a terrível notícia: o jornalista está morto e, segundo fonte oficial, suicidou-se na prisão. O filme revela a trajetória de Herzog, desde a infância na Iugoslávia até sua posse como diretor de Jornalismo da TV Cultura de São Paulo. A reação de Clarice, dos amigos e da sociedade, recusando a farsa montada para justificar a morte do jornalista, tornou o fato um marco na luta pela redemocratização do país.

Redemocratização: as greves de 1979

29 de outubro, das 17h às 19h, no cineauditório da Unidade 1 da UFGD

Os três filmes, “ABC Brasil”, “Greve de Março” e “Greve!”, que compõem este programa foram realizados por diferentes diretores com uma só motivação: narrar um importante momento da história recente do país, por meio da linguagem do cinema documentário, em obras sem personagens centrais, cujo protagonismo é exercido pela coletividade. Arrocho salarial, opressão das multinacionais, repressão do Estado de exceção e união da classe trabalhadora são alguns dos temas urgentes da época. A paralisação dos trabalhos dos metalúrgicos do ABC Paulista, região de forte concentração industrial do Sudeste brasileiro, aprofundaria as graves contradições da agonizante ditadura militar e revelaria, ao mesmo tempo, o nascimento de uma figura pública que marcaria os 30 anos seguintes do cenário político do Brasil: o líder sindical Luiz Inácio “Lula” da Silva.

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