quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Cineclube UFGD exibe sábado “Estômago - uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária”





O projeto de extensão Cineclube UFGD exibe neste sábado (11), às 17h, o filme “Estômago”, de Marcos Jorge, uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária. A sessão é gratuita, aberta para maiores de 16 anos e será realizada no cineauditório da Unidade 1 da UFGD, localizada na Rua João Rosa Góes, 1761, Vila Progresso.

De acordo com a sinopse, na vida há os que devoram e os que são devorados. Raimundo Nonato, o protagonista do filme, descobre um caminho à parte: ele cozinha. E é nas cozinhas de um boteco, de um restaurante italiano e de uma prisão - o que ele fez para acabar ali? - que Nonato vive sua intrigante história. E também aprende as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte - e eles sabem, mais do que ninguém, qual é a parte melhor.

Lançado em 2007, Estômago foi o grande vencedor do Festival do Rio, como melhor filme (prêmio do público), melhor diretor (Marcos Jorge), melhor ator (João Miguel) e prêmio especial do júri (Babu Santana).

A obra foi doada para o acervo do Cineclube UFGD pela ANCINE (Agência Nacional de Cinema) para exibição com entrada franca.



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SINOPSE LONGA

Na vida há os que devoram e os que são devorados. Raimundo Nonato, o protagonista de ESTÔMAGO, se arranja, ao invés disso, por um caminho todo seu, um caminho à parte: ele cozinha.

Nonato é um dos muitos migrantes que partem em direção à cidade grande na esperança de conseguir uma vida que lhe permita, no mesmo dia, almoçar e jantar. Contratado como faxineiro em um bar, Raimundo descobre seu talento nato para cozinha e, com suas coxinhas, transforma o boteco em local de sucesso. É Giovanni, o dono de um conhecido restaurante italiano da região, quem primeiro intui os dotes de cozinheiro de Nonato e muda sua vida, contratando-o como ajudante de cozinheiro. Assim acontece para Nonato a descoberta da cozinha italiana, das receitas, dos sabores e, como não poderia deixar de ser, do vinho. A vida de Nonato muda, inicia-se sua afirmação no mundo: uma casa, roupas, relacionamentos sociais e, sobretudo, o amor de uma mulher, a prostituta de bom apetite Íria, com a qual estabelece uma ancestral relação de sexo em troca de comida.

O talento de Nonato na cozinha também é logo descoberto pelos seus companheiros de cela. Para eles e para seu violento chefe, Bujiú, a chegada do novo companheiro na cela é a salvação pois logo o miserável rancho da cadeia se transforma em pratos exóticos. Nonato, à sua revelia, passa então a ser conhecido como Alecrim, e com esse apelido começa também a sua escalada ao poder.

Como e porque Nonato acabou na cadeia, isto não sabemos. Esta é uma pergunta que será respondida só no final da história, quando se descobrirá o delito cometido por este homem e se completará seu aprendizado. Pois Nonato, apesar de sua ingenuidade e simplicidade, rapidamente aprende as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte - e eles sabem, mais do que ninguém, qual é a parte melhor.

Uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária.

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