segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mostra do Cinema Francês em maio


Mostra do Cinema Francês em maio
Com temáticas específicas para cada mês, o Projeto de Extensão Cineclube UFGD abordará “Globalização, Globalizações”, em maio, na Mostra do Cinema Francês. As sessões são abertas ao público e ocorrerão nos dias 07, 14, 21, 26,27 e 28 de maio, no cine-auditório da Unidade I da UFGD, localizada na Rua João Rosa Góes, 1.761, Vila Progresso.
A globalização está no âmago das preocupações dos dirigentes e dos seus concidadãos, na maior parte dos países. Ela também afeta cada um de nós, na sua vida quotidiana, obrigando-nos a mudar nossa percepção do futuro.
Por isso, os documentários tratam de diversos aspectos dessa questão: “Uma Empresa Decente” questiona a responsabilidade social das multinacionais; “Nossos Amigos do Banco” mostra o envolvimento determinante do Banco Mundial e do FMI no funcionamento dos países; “O Banqueiro dos Humildes” permite que os mais desfavorecidos possam ter acesso ao capital para financiar suas atividades; “Globalização, violência ou diálogo?” traz as repercussões mundiais de eventos como o 11 de setembro; “O Combate dos Juizes” revela a importância dos tribunais internacionais que para o julgamento de crimes de guerra contra a humanidade; e “O Pesadelo de Darwin” divulga as consequências de uma catástrofe ecológica na Tanzânia.
O Cineclube UFGD conseguiu trazer os filmes para Dourados por meio de subsídio do projeto aprovado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da UFGD e parceria com a Embaixada da França no Brasil, Cinemateca da Embaixada da França e Institut Français, que oferecem um catálogo com mais de 600 filmes para empréstimo às instituições culturais brasileiras.
A Mostra do Cinema Francês é a primeira do Cineclube UFGD em 2011 com filmes internacionais. Neste ano ainda serão realizadas mostras de cinema canadense (junho), chinês (setembro) e alemão (outubro), além das mostras de cinema nacional nos demais meses.
Mais informações
Site: www.cineufgd.blogspot.com
E-mail: cineufgd@gmail.com
Twitter: http://twitter.com/cineclubeufgd
SINOPSES
- Dia 07, às 17h – Uma Empresa Decente (A Decent Factory, França/Finlândia, 2004) De Thomas Balmès. Duração 79’. Vida Social.
Ter lucros ou guiar-se por princípios morais ? A questão é crucial para uma empresa como a Nokia, que está transferindo a sua produção para a China, país em que a mão de obra é barata. Seu “especialista em civilidade” visita, então, a fábrica chinesa para ver como se organiza o seu fornecedor e sobretudo para tentar remediar as conseqüências da transferência de mão de obra para o exterior: corrupção, direitos humanos, higiene e habitação deixados de lado. Mas, o que é uma empresa correta ? Se as multinacionais têm tentado, desde há pouco tempo, se dotar de uma nova imagem ética, a questão da responsabilidade social estendida aos serviços terceirizados permanece sendo um dos grandes desafios da globalização.

- Dia 14, às 17h, “Nossos Amigos do Banco”(Nos amis de la banque, França, 1997) De Peter Chappell. Duração 84’. Política.
A dívida dos países do Sul estaria nas mãos de uma meia dúzia de decisores, em Washington, numa instituição financeira "pouco" conhecida? Durante vários meses, são realizadas negociações entre o Banco Mundial e um país paralisado pelo seu endividamento excessivo: Uganda. Esta pesquisa de campo brilhantemente filmada realça os mecanismos da tomada de decisão no mais alto nível e o envolvimento determinante do Banco Mundial e do FMI no funcionamento dos países do Sul.
- Dia 21, às 17h – O Banqueiro dos Humildes (Le Banquier des humbles, França/Índia, 2000) De Amirul Arham. Duração 52’.
Em Bangladesh, Muhammed Yunus, economista de renome, aceitou o desafio de só conceder empréstimos aos pobres, sem preconceitos econômicos ou políticos. Criou, assim, o primeiro banco de micro-crédito, o Grameen Bank. O princípio é simples: permitir que os mais desfavorecidos e em particular as mulheres possam ter acesso ao capital para financiar suas atividades. Esta formidável revolução silenciosa afeta milhões de indivíduos, reinventando duravelmente a relação entre o banqueiro e os seus clientes. Sondagem sobre um homem notável, este documentário oferece uma mensagem de esperança : e se a miséria deixasse de ser uma fatalidade?
- Dia 26, às 20h – Globalização, violência ou diálogo? (Mondialisation, violence ou dialogue?, França, 2002) De Patrice Barrat. Duração 52’. Meio Ambiente.
Após os violentos eventos de Seattle e Gênova, por ocasião das cúpulas do G8, vêm o 11 de setembro e suas repercussões mundiais. A ideologia do Bem contra o Mal, a de uma guerra entre diferentes culturas e o confronto entre religiões também se enquadram no âmbito da globalização. Uma reflexão sobre o início do nosso século se revela indispensável, pois embora, por enquanto, as oposições entre partidários e contestadores da globalização sejam apenas verbais, não deixa de ser verdade que as visões antagonistas entre “a sociedade civil” e “os poderes instituídos” são tão generalizadas que o nosso mundo pode vir a cair na armadilha de forças que o paralisarão.
- Dia 27, às 20h – O Combate dos Juizes (Le Combat des Juges, França, 2000) De Yves Billy. Duração 52’. Política.
A criação dos Tribunais Penais Internacionais para a Iugoslávia e para Ruanda, com a finalidade de julgarem os crimes de guerra contra a humanidade e os genocídios, tornaram-se etapas necessárias na constituição de uma Corte Penal Internacional. A tenacidade de determinados homens e mulheres terminou por convencer numerosos Estados da eficácia e do potencial desses procedimentos excepcionais. O direito internacional ganha, assim, em legitimidade, e abre caminho para outros recursos que no futuro serão possíveis, para que sejam respeitados os direitos humanos, econômicos e sociais de todos.

- Dia 28, às 17h – O Pesadelo de Darwin (Darwin's Nightmare, França/Áustria/Bélgica, 2004) De Hubert Sauper. Duração 107’. Classificação etária Livre. África.
Poderia começar como uma lenda oriunda da África. Nos anos 60, na Tanzânia, um peixe chamado perca do Nilo, um predador voraz que dizima todas as outras espécies, foi introduzido no Lago Victoria. Desta catástrofe ecológica nasceu uma indústria frutuosa, pois a carne branca do enorme peixe é exportada com sucesso para todo o hemisfério norte. Mas, acima do lago, imensos aviões cargueiros da ex-URSS compõem um balé constante, abrindo caminho para um outro comércio, ao que parece, o das armas. Pescadores, políticos, pilotos russos, prostitutas e industriais tornam-se cúmplices ou vítimas de um drama que ultrapassa a imaginação. As margens do maior lago tropical do mundo são hoje o palco em que se desenrola o pior pesadelo da globalização.

Nenhum comentário:

Postar um comentário