A programação especial do Dia do Trabalhador em Dourados foi
encerrada com muita música na tarde deste domingo (06), no Parque Antenor
Martins. O palco, montado pelos sindicatos e movimentos sociais, articulados
pelo Comitê de Defesa Popular (Fórum de Entidades), foi aberto para os
artistas, amadores e profissionais, mostrarem o seu talento.
Aproveitando essa oportunidade, vários músicos compartilharam
sua arte com o público do local, entre eles Dito Freitas, Alexandre, Paulo
Custódio (projeto Minuarte/UFGD), Fernando (presidente do Sindicato dos
Mototaxistas), os colombianos Alejandro Contreras e Leila Soto, e uma dupla que se formou no momento da
atividade, Alexandre e Maicon.
O palco também possibilitou uma aula de ginástica laboral,
com o professor Jack, do IFMS de Ponta Porã, que ensinou diversos movimentos de
alongamento para serem utilizados no local de trabalho, prevenindo doenças e
melhorando a qualidade de vida.
Além disso, equipe do Cerest realizava serviços de saúde com
a população, como testes de glicemia, por exemplo, e já durante a noite foram
apresentados filmes curta-metragem pelo Cineclube UFGD e outros especificamente
sobre as agressões ao meio ambiente em Dourados, de autoria de Onildo Lopes.
Entre uma atividade e outra, representantes dos sindicatos aproveitavam
para provocar a reflexão sobre as condições de trabalho atuais, os desafios que
precisam ser enfrentados para a conquista de novos direitos e a importância da
mobilização permanente dos trabalhadores junto aos sindicatos para que não
ocorram retrocessos trabalhistas neste momento de crise mundial.
A programação do Dia do Trabalhador começou em 27 de abril e
contou com Missa do Operário (Sindicato dos Mototaxistas), mesa redonda sobre “Desafios
da Classe Trabalhadora” (Simted), Encontro de Agroecologia (Enebio CAAD-FEAB), palestra
sobre “Trabalho Decente” (sindicato dos bancários) e Campanha de Prevenção de
Acidentes de Trajeto – Blitz Educativa de Trânsito (Cerest).
Contatos
Alexandre e Maicon: 9999-8442
Dito Freitas: 3426-4324
DIA DO TRABALHADOR
Em 1886, a Associação Internacional dos Trabalhadores
decidiu, em seu congresso, realizado em Genebra (Suíça), lutar no mundo inteiro
para que os trabalhos diários dos operários não ultrapassem oito horas. O costume
era os operários trabalharem 14, 16 ou até 18 horas por dia. Então, os
trabalhadores de Chicago decidiram fazer uma greve geral neste mesmo ano de
1886, onde a repressão policial castigou duramente os grevistas atirando bombas
contra os trabalhadores desarmados. Homens, mulheres e crianças foram
assassinados. Os líderes foram presos e os seis principais, condenados a morte,
em 11 de novembro de 1887. Outros se suicidaram. Esse crime contra os direitos
dos trabalhadores tornou-se símbolo de lutas e hoje é lembrado em todo mundo no
dia 01 de maio. No Brasil, o direito a jornada de oito horas só foi conquistado
em 1932.
TRABALHO NOS DIAS
ATUAIS
Trabalho infantil, trabalho escravo, informalidade,
acidentes e doenças no trabalho, precarização da mão-de-obra, jornada de
trabalho exaustivas, assédio moral, falta de políticas públicas de emprego e
proteção social, não priorização na contratação de pessoas com deficiências,
não promoção da distribuição de renda, demissões imotivadas, práticas
antissindicais, desigualdades salariais entre homens e mulheres, retirada de
conquistas históricas dos trabalhadores às vezes com apoio do Congresso
Nacional e outras práticas, são situações vividas pela classe trabalhadora no
contexto atual. Os trabalhadores precisam se unir contra as forças produtivas
que querem precarizar ainda mais a mão-de-obra, e construir de forma unitária,
ações com vistas a garantir a manutenção e ampliação de direitos para o
conjunto da classe trabalhadora. O momento é agora!
Comitê de Defesa
Popular
Sindicatos de Trabalhadores e Movimentos Populares de
Dourados e região